[Resenha] O Saotur – Natália Smirnova Moraes

Esta aqui na realidade é uma segunda resenha desse livro, uma vez que eu decidi rele-lo para poder ter tudo bem fresquinho para a continuação A Cor de Amaranthine, que será resenhada muito em breve (aguardem boahahha). Eu espero muito que fique melhor do que a primeira e se é para passar vergonha passamos de uma vez né… se você quiser comparar as resenhas a primeira está no canal do Youtube confere lá…

Nossa aventura começa com um naufrágio, de onde surge nosso protagonista Constantin Teller, salvo da morte certa por algo que ele não sabe o que é, nosso jovem desmazelado só pensa em permanecer vivo e graças a amistosa Lithy ele consegue. Constantin consegue se fortalecer e se recuperar, logo no entanto, ele se dá conta de que talvez não seja tão bem apreciado como visita naquele lugar desconhecido, afinal as circunstancias suspeitas de sua chegada ali só dão margem a uma interpretação: uma declaração de guerra dos misteriosos Saotur, uma espécie monstruosa e sem escrúpulos que habita a região do Reino Sem Nome.

Enquanto isso conhecemos a historia de Helena, Lótus e de como essa relação proibida resultou em Saphere, o meio saotur responsável por salvar Constantin. É durante o julgamento de Saphere que a gente tem uma outra visão de quem realmente são os saotur e o qual o papel deles neste mundo tão protegido, além de conhecermos o desenvolvimento do amor de Helena por Lótus.
Constantin então é testemunha do quão dura a Realeza pode ser com quem não anda de acordo com suas leis e logo ele aprende os costumes e hierarquias, conseguindo apesar de tudo isso realizer seu sonho de se tornar escritor quando ele ganha da Realeza o brasão que lhe permite exercer essa atividade.

Tudo isso se desenrola em um cenário magnifico cheio de conspirações, traições e muito acaso do destino onde planos são destruídos, vidas são salvas e inocentes são enganados !

  • Como será que Constantin conseguiu se virar esse tempo todo ?
  • Afinal porque esse ódio pelo diferente ?
  • Que segredos a Realeza esconde ?

Para descobrir isso e outras coisitas mais, faça como eu e dê uma chance ao nacional fantástico maravilhoso que é o Saotur.

Esta é uma obra bem nacional apesar da origem da autora ser russa (eu sempre vou zuar isso) e como aqui no Brasil publicar por editora é meio difícil, ela escolheu a forma independente de publicação, portanto em 2016 a Amazon foi escolhida para o ebook e o Clube de Autores se você quer uma versão física (alias eu insisto nisso) essa boniteza é bem curtinha e tem apenas 324 páginas.

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Quando abordamos o lado mais técnico da coisa, essa fantasia chega a principio sem muitas novidades, temos uma confortável narração em 3ª pessoa que é quase considerado ponto de vista, ela tem várias perspectivas, sendo a de Constantin uma delas e alguns outros personagens, como Helena e Phaeron, complementam a narração. O arco dramático é todo feito com descrições fabulosas e muita contextualização, sem maneirar no flash back (pobre Helena) a gente certamente é arrebatado pelas surpresas e revés (pelas cenas calientes também heim)
O roteiro é linear e sua historia se passa em dias, semanas e meses e o espaço da narrativa, ou seja, o cenário é fantástico. A historia tem uma essência que você pode chamar de clichê mais o padrão de enredo que eu vejo aqui é o Cara Com Um Problema e uma pinceladinha de Ritos de Passagem e acho que é essa pinceladinha que deixa tudo interessante

OK, vocês já tem um resumo da obra e um breve analise literária e acho que esta na hora de eu falar a minha opinião né ?

Não é segredo que gosto muito do trabalho da Natália e todos sabemos como é difícil criar algo novo e diferente e ela conseguiu nos apresentar esse diferente em O Saotur, mesmo que ele tenha amor e ódio como pano de fundo o que sobressai certamente é estarmos exatamente como Constanin, sem saber onde estamos e o que vamos descobrir ali.

No video do canal, eu cheguei a comentar que seria interessante a gente saber em que momento a historia se passa, pois a transição do tempo é bem sutil e relendo a obra posso afirmar que eu é que fui afobada mesmo e que o flash back que a gente encontra é bem claro e evidente. MAS senti falta de entender um pouco mais da motivação dos saoturs (esse plural tá certo ?) e da sua origem de forma geral, senti falta de mais deles já que são eles que dão o nome ao livro né… difícil explicar eu sei .

Mas o que mais gostei mesmo é do sentimento trabalhado no Saphere, que quase ninguém nota mais esta lá e sei que isso será desenvolvido ( VEM AMARANTHINE). No fim gente o que importa é que adorei demais a obra e ela vale cada centavinho investido principalmente e especialmente se você assim como eu é louco nas fantasia

Avaliação dessa lindeza é 9 estrelinhas. ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

[Resenha] End Game o Chamado – James Frey e Nils Johnson-Shelton

Estabelecido por seres fora de nossa compreensão a centenas e centenas de anos atrás, EndGame é um jogo real e está prestes a começar, suas regras são simples, 12 jogadores de 12 raças devem combater para resguardar o seu próprio destino e o de sua linhagem, um jogo onde os outros não importam apenas você mesmo. A lenda diz que um sinal cairá do céu para informar o início do jogo e o fim da humanidade.

É neste cenário surreal que nos tempos atuais vemos 12 jovens sendo escolhidos de acordo com sua linhagem para iniciarem o tal jogo, Sarah Allopay é uma das jogadoras e está disposta a tudo para vencer, inclusive deixar seu namorado a quem ama muito para trás.

Tudo começa no chamado e é a caminho de lá que ela conhece Jago, outro jogador, de forma incomum eles decidem formar uma aliança e enquanto descobrem as pistas que levam em direção a chave da terra eles caem em emboscadas dos outros participantes bem como ambos têm que lidar com o despreparado Christopher que insiste em ir atrás dela apesar de tudo.

  • Quem sobreviverá?
  • Estaria Sarah disposta a sacrificar tudo pelo jogo?
  • Os jogadores apesar de seu treinamento pesado durante a infância são capazes de desenvolver sentimentos ou apenas matar sem piedade?
  • Alguém vai conseguir a chave da terra e prosseguir na disputa ?

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Lançado nos EUA em 2014 pela HarperTeen, EndGame – O Chamado é o primeiro livro de uma trilogia escrita pela parceria entre James Frey e Nils Johnson-Shelton teve sua edição brasileira feita pela Intrínseca em 2014 também. A escolha de narrativa foi a de 3 pessoa possivelmente no modo objetivo, claramente desenvolvido na estrutura de arco dramático que é a busca individual de cada jogador e sua linhagem, para tanto a obra é cheia de descrição, ação e diálogos tudo muito direto e objetivo.

Quando tento identificar em que misturinha essa história se encaixa, só me vem a cabeça o padrão – cara com um problema ( no caso 12 caras com um problema?) já que temos todos eles envoltos em uma situação de vida ou morte que é o próprio jogo em si e tendo que se livrar dessa com todo o treinamento e ajuda que puderem. Toda a trama apresentada se passa em semanas ou meses, impossível saber exatamente, sabemos porém que ela é linear e com contagem regressiva para o fim do mundo (legal né ?).

A divisão dos capítulos é interessante pois é o que nos posiciona geograficamente e socialmente como anda os conflitos e quem está com quem, falando em geografia EndGame se passa ao redor do globo, não tem um lugar exato encontramos várias cidades e pontos turísticos reais e em muitos deles o livro nos deixa com vontade de realmente estar lá.

A questão agora é falar para vocês as minhas impressões sobre esse livro, inicialmente eu o comprei pela capa e a sinopse me chamou um pouco atenção, porém quando tentei ler ele a primeira vez, simplesmente não me desceu e abandonei logos nas primeiras páginas. Este ano resolvi fazer um desafio literário ( peguei o desafio do Skoob ) e EndGame se encaixou na leitura de Fevereiro como livro escrito por mais de um autor e desta vez fluiu bem.

As ressalvas são grandes e ele na realidade não faz muito meu tipo de leitura afinal só contém tiro, porrada e bomba (literalmente) SÓ QUE a ação do livro é chamativa e você fica querendo entender qual pista cada jogador seguiu e no mínimo entender mais sobre cada civilização ( e é que aqui o livro peca.. só lamento James) e depois de sentir toda a enrolação das viagens e emboscadas a gente fica com a impressão de : nada de novidade por aqui! Nenhuma grande reviravolta nos é apresentada e isso também #chateia de montão.

Talvez O Chamado só se salve pela suposta experiência que ele deveria provocar, a iniciativa original da trilogia é uma grande parceria multiplataforma com a Niantic uma grande desenvolvedora de jogos, para tornar o EndGame real para nós leitores. Na época de seu lançamento teve pagina oficial, os personagens se tornaram reais que até rede social possuíam, tudo para presentear com uma mala de ouro a quem desvendasse o enigma que está entre as páginas do livro. (se você pensou em tentar achar a malinha de ouro pode desencanar, ela já foi entregue em 2015).

Mas não se acanhe com minha opinião, se você gosta de aventura rolando solta e tensão vendo os personagens lutando sobreviver. pode ser que seja uma excelente escolha para você. Agora se você pensava em dar uma chance para o restante da trilogia e ver como essa história inteira termina, pode tirar o cavalinho da chuva, EndGame – O Chamado é seguido por a Chave do Céu e As Regras do Jogo e infelizmente a Intrínseca cancelou o contrato com o James e o último livro não foi traduzido então a sua e a minha última opção é ler Rules Of the Game em inglês para concluir a saga e decidir se vale a pena ou não.

Para este Livro apenas ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐